Entre folhas ... Boas Festas ...

Que este Natal
seja mais um momento
em que nos todos
acreditemos que valerá
a pena viver mais um Ano Novo.

E a melhor
mensagem de Natal
é aquela que sai dos nossos
corações silenciosos
e aquece
com ternura todos os outros
corações,
os daqueles que nos acompanham
na caminhada da vida,
seja a sua presença
física ou virtual.

Desejos-vos
tudo em dobro
daquilo que me desejais.

Boas Festas.

Beijos
J.

Entre folhas ... Meu amor …

Meu amor,
ânsias e paixão entre
papoilas vermelhas,
digo-te para vires,
vamos esconder-nos
entre elas
nus e sedentos deste nosso
amor,
cobre-me com todas elas,
por cima
e por baixo das nossas
peles.

Cobertos
Pela papoilas vermelhas,
Falamos
segredos guardados...
no coração,
paixão pelo nosso amor,
Suspiros em silêncio,
amantes do sexo,
amar-nos acima de tudo,
ternura nos nossos corações.

A nossa
vontade cobre com sabores,
com o cheiro das nossas peles,
com os nossos beijos,
cobre com o alento da tua voz,
fujamos ao silêncio do amor,
nada pode perturbar este carinho,
deixemos vagar o tempo,
da nossa ternura silenciosa,
que o mar nos arraste,
a orlas
do desconhecido,
do que fica por conhecer,
juntos.

Beijos
J.

Entre folhas ... Peitos abertos, tão cúmplices …

Tão cúmplices estas nossas bocas,
tão dos nossos felizes momentos,
desfazem-se os lábios ao pensar em ti,
querer-te como a menina que conservas
amar com a maturidade de um adulto,
amar a tua pele,
descobrir-te a primeira vez,
tanto amor não enche,
o poema,
tanto amor tem de ser saciado em degraus,
a cada degrau um percurso pela tua pele,
degrau a degrau,
sublimes chegamos
a perder a noção do tempo,
a nos perder em amores,
no calor que os nossos corpos
desprendem.

E desprendendo estrelas fugazes
encontramo-nos,
enquanto a lua brilha e o mar que nos separa,
o sol
parece acariciar-nos,
enquanto a vida passa,
amando-te,
avança a vida a passo curto,
descubramos o desconhecido juntos
digamos que o amor nunca nos conheceu,
como meninos,
a primeira vez,
não me envergonho de falar dos meus
pensamentos
nem me envergonho de saciar
as minhas vontades,
contra o profundo da gruta do teu
corpo.

Falando de ti,
Imagino-te semeando
ternura,
sobre os prados do meu corpo,
galopando,
e o meu alento no teu alento
está entregue,
diz que tenho um verbo ativo,
que fazemos somas e temos
resultados,
gritos abafados,
noites de paixão,
enlouquecidos,
e como disse anteriormente,
em algum poema perdido,
esquenta-me ,
o roçar das tuas nádegas,
chamo o destino
para que aqueles momentos voltem
de novo,
onde quero penetrar com os dedos no
profundo,
e de surpresa,
em seco, mas com cuidado,
adormecida,
mas acordada,
penetro a tua boca,
com as minhas palavras doces
e beijos molhados
deixo-te naquele momento
de loucura e prazer insano,
em nuvens de algodão,
onde me perco,
e sinto os teus lábios
entre os meus,
venço a minha calma e somo
os meus momentos aos teus,
outro para a lembrança,
onde em noites solitárias,
levas as tuas mãos,
de novo até ao teu sexo,
não nos enganemos,
não é o mesmo...
a pele compreende-se
entre silêncios.

Beijos
J.

Entre folhas ... Voo curto ...

Forjou-se um amor só de olhar
lutava a contravento,
sem espada,
Inquieto o tom da sua palavra,
apanhava uma rosa,
extraía a sua fragância
caminhava lento,
desgastava pedras,
no seu andar ligeiro saíram-lhe asas,
o seu olhar tímido e sublime.

Ao chegar a noite encontrou-a chorando,
não eram suas as lágrimas caídas,
sempre o destino colocava-lhe entraves
roía os seus desejos e vontades,
maldito desejo
que não se afastava,
outra noite longa,
de sonhos e esperas,
esperanças do olhar cego e infinito,
o nevoeiro cerrado,
o frio no seu rosto.

Chegou a manhã,
como sempre chega
à hora esperada,
com os dedos,
esfregava o rosto,
secaram as lágrimas
de lembranças
passadas
secou-se a alma,
chorou pela garganta.

Num velo curto,
de fúrias e raivas,
levantou de novo os seus pés e as suas asas,
continuou voando,
ao chegar a alva
estava a espera,
viu o seu rosto cansado,
mas ela espiritualmente,
não estava.

Ela eram as suas asas,
as que lhe impulsionavam.

Não há amor que não implique
uma derrota ou uma vitória
própria da alma,
e seguiu voando;
como sempre e sem fronteiras.

Partem-se-me as vértebras,
mesmo assim quero-a
com a sua ausência,
enquanto a cruz das minhas costas;
se desfaz.

Beijos
J.

Entre folhas ... A lua do teu umbigo …

Fúria desatada
do meu desejo,
a sua fúria desatada
a noite devém,
pupila entreaberta,
existo porque sei que sou lembrado,
porque tenho nas mãos,
signos da minha vida,
o meu desejo na mão
desatado,
explode no teu corpo
o roçar das tuas unhas,
não finjo querer-me,
reflexo do meu alívio,
não finjo querer-te,
para além da dúvida mesma,
de um segredo.

Do meu desejo a sua fúria desatada,
penetro a cavidade
de cada poro da tua
pele
e na cavidade imensa
onde gozo,
alimenta o amor
que nós professamos,
roçando-nos.

Tenho por lua o teu umbigo,
por amor,
o teu amor e o meu silêncio,
por noites
sonhos juntos,
por versos
luas e estrelas,
tenho um pacto com o diabo
fogo na minha boca enlouquecida,
tenho pensado,
sonho-te,
em penetrar-te
para além da razão,
e menos
da loucura,
metido sempre
nos seios de uma ausente solidão,
tenho por costume,
escrever versos.

Para poder entrar
tens de deixar
que te abra os lábios,
que te cobrem como algodão doce,
o diabo do amor nunca sua.

Beijos
J.