Entre folhas ... De espuma ...


Estou nas tuas noites
passeando nos teus sonhos
estou no meio do cruzamento
da tua estrela,
no meio do firmamento fala-me a lua,
de solidões ausências e ruturas.

Estou no deserto
dos teus pensamentos
apresento-me em forma de lua,
nu,
o meu corpo molda-se
na lateral das tuas costas.

Há ondas que batem
contra as rochas
de forma impetuosa se manifestam,
abrem-se tuneis,
penetrando na sua espuma,
no profundo.

Os lábios humedecem com os beijos.
...E há quem o pressinta em silêncio.

Nunca disse quero-te
sem o sentir;

Talvez pelo meio…

Beijos
J.

Entre folhas ... Só imaginar-te ...


Só imaginar-te

Para amar-te…
Não há idiomas impossíveis.
Aturdido,
por um tempo que não parece meu,
abandono-me,
neste lugar onde o silêncio chora,
em silêncio,
na alcova,
no lugar sagrado,
onde os pensamentos voam,
ao compasso de um cometa invisível,
dançam os meus sonhos,
dançam os meus lábios
ao pensar nos teus beijos,
alegra-me a alma
saber que estás nua e comprazida,
enquanto os vocábulos
do teu nome perdem-se,
entre gemidos de uma noite com um fim inesperado.

Não há melhor lugar
para te amar e adentrar-me,
no mundo,
dos teus sentimentos mais ocultos,
onde  se perdem os teus olhos,
os vermelhos assomam,
sem o carmim,
dos teus lábios inchados,
de beijados tantas vezes.

Para amar-te…
Não são necessários os corpos.

Só imaginar-te.

Beijos
J.