Entre folhas ... Tropeço... ...



Eu invento tudo,
às vezes olho
para dentro,
voltar no tempo
dos meus eternos desejos.

Eu que olho
a lua de cabeça para baixo,
vivo a vida a tropeçar,
caio,
e novamente caio.
Não há melhor contratempo
quando não vens,
porque gosto de ficar assim,
ao sabor do vento.
E a vida continua
aos tombos,
levanta e cai,
e sempre tropeçando,
à espera de ti…


E tropeço...

Beijos
J.

Entre folhas ... Como dizer-te ...



Quero que me mordas,
lambas os meus lábios,
deixa-me as marcas das unhas nas costas,
que ressentem as minhas vértebras.

Povoa o meu travesseiro
o aroma do teu peito,
montamos as estrelas juntos à noite,
as tempestades unem-se
num único batimento cardíaco,
o mesmo raio perfura o coração
a mesma seda passa pelas bordas.

Como dizer-te que fechas a minha alma,
enrolas-te na silhueta
da minha sombra,
como dizer-te mulher,
que eu amo-te sem que ninguém saiba.

Que as minhas luas
e as minhas mãos estão
procurando-te,
espalham-se entre as pernas,
o teu nome,
nas minhas essências.

Como dizer,
todas estas palavras secretas
na cavidade do céu da tua boca ...

Sem tu perceberes.


Beijos
J.

Entre folhas ... Tanto em ti ...


Tanto no interior,
tanto para dar e receber,
tanto e em tudo para exigir
tanto para assumir,
tanto e tão pouco
é usado para ser,
demais.
Muito amor por sentir,
tantas ansiedades,
estas ganham, isso significa querer,
eu sem você,
você sem mim, ainda estás por perto
em aparência.

Algum tempo que outro,
levanta os teus desejos,
e tu nada dizes,
brincando com as tuas calcinhas,
soletro o verbo foder,
Eu fodo, tu fodes,
fodemos.
O verbo quer já o querer,
por si mesmo, o verbo que o amor ama,
e para o verbo beijar,
já beijas os lábios dele, a sensação volta com loucura,
não mostro as lágrimas
a noite sempre é e será longa,
lágrimas felizes para ser,
onde me encontre
encontro-me ou perco-me,
às vezes não sou nada
apenas silêncio,
isso sai e entra pela janela,
pela porta, ofereço-te os meus beijos.

Levo uma rosa,
ao acordares,
as pétalas,
em ti jogadas,
a manhã está feliz,
brincamos com as mãos,
o teu corpo e o meu corpo,
não reclamam vitória,
e entramos,
novamente no jogo,
do verbo foder.
Lanço beijos para a lua,
quando o silêncio aclama
os beijos na tua almofada,
a cada instante,
embora não fale,
penso que tu…

... E não, eu digo-te
em palavras…

Beijos
J.