Entre folhas ... Só imaginar-te ...


Só imaginar-te

Para amar-te…
Não há idiomas impossíveis.
Aturdido,
por um tempo que não parece meu,
abandono-me,
neste lugar onde o silêncio chora,
em silêncio,
na alcova,
no lugar sagrado,
onde os pensamentos voam,
ao compasso de um cometa invisível,
dançam os meus sonhos,
dançam os meus lábios
ao pensar nos teus beijos,
alegra-me a alma
saber que estás nua e comprazida,
enquanto os vocábulos
do teu nome perdem-se,
entre gemidos de uma noite com um fim inesperado.

Não há melhor lugar
para te amar e adentrar-me,
no mundo,
dos teus sentimentos mais ocultos,
onde  se perdem os teus olhos,
os vermelhos assomam,
sem o carmim,
dos teus lábios inchados,
de beijados tantas vezes.

Para amar-te…
Não são necessários os corpos.

Só imaginar-te.

Beijos
J.