Entre folhas ... Inequívoco e livre ...



Escuto o som das palavras
lento,
peregrino das minhas emoções
assumo o risco de equivocar-me
sem temores,
nem receios,
maduro é o vocábulo que sai da minha boca.

Fico com a minha voz e a minha palavra,
com o meu sentido da disciplina
do amor que se sente fiel,
ao mesmo tempo
inclino-me pelo amor,
ante o desafio da incompreensão.

Trato de repetir até à saciedade
o que diz não se compreender,
sem temor a que não coincidam
os meus pensamentos adiante do que lê,
antes de mais, nada tenho por paciência,
o meu tempo,
e por amor a uma alma
inquieta e generosa que com tudo pode.

Inequívoco e livre,
quem não me entende,
que pergunte,
ainda que tratem de averiguar
a minha resposta
não a dêem por dita,
se os meus lábios não a assumirem.

Beijos
J.

Entre folhas ... A filha de Atlas e Pleione…



A filha de Atlas e Pleione…

Aparece branca na noite,
parceira de viagens virtuais,
amor, calor, morno sentimento,
como o sol que me ilumina,
quando está escura a minha alma.

Ansioso o meu coração soltou
o primeiro poema que lhe fiz,
se alegram as minhas letras
e dançam nas ocasiões para cantar boleros,
como disse entre os teus lábios,
não,
não se apresentam diariamente,
não.

És a afirmação da minha vida,
entre tanta negação,
de sonhos.

Enquanto brincam as plêiades,
Mérope orgulha-se
dos seus actos…
eu sou mortal.

E não estive com ela.

Beijos
J.