Entre folhas ... Tão cúmplices ...


Tão cúmplices
estas nossas bocas
tão dos nossos felizes momentos,
desfazem-se em água,
os meus lábios ao pensar-te.

Quero que sejas sempre
a menina que conservas,
amar com a maturidade dos teus anos,
amar a tua pele,
redescobrir-te como
a primeira vez,
tanto amor
tem de se saciado,
ser trepado,
e a cada degrau
um percurso pelo teu corpo,
degrau a degrau
sublimes chegamos
a perder a noção do tempo,
a nos perder de amor
no calor
que os nossos corpos
desprendem.

ai amor, amor, amor.

Desprendendo estrelas fugazes
encontramo-nos,
enquanto a lua brilha
e o mar nos separa,
o sol parece acariciar-nos,
enquanto a vida passa
amando-te,
avança a passo curto,
descubramos o desconhecido juntos
digamos que o amor
nunca o conhecemos.

Vamos ser meninos
outra vez,
Como da primeira vez,
não me importo,
desprender dos sonhos
nem me importa,
de  saciar os meus desejos,
mais íntimos,
contra o profundo
da gruta do teu corpo.

Beijos
J.

Entre folhas ... Olha mulher ...


Olha mulher,
não me olhes,
quando te olho
posso causar
um incêndio,
tu tens oxigeno
eu tenho a chispa.

Olhe mulher,
que faz tempo
que fui de pedra,
agora,
sou vulcão ardente.

Deixa-me esta noite
que rompa com
as minhas ondas
o centro do teu corpo.

Em qualquer
dos teus leitos
deixa-me embater
contra a tua rocha,
banhando-nos em espuma.

Até apagar o incêndio...

Beijos
J.

Entre folhas ... Amante eterno ...


Quero morder os teus lábios,
secar os teus olhos
bordear-te os seios
roubar-te o tempo,
acariciar o teu pensamento
sentar-me nas tuas lembranças
molhar-me nos teus
interiores,
morrer no teu inferno
para ressuscitar de novo,
e tentá-lo novamente
ser teu amante eterno,
sendo-o.

sem pretendê-lo.

Beijos
J.