Entre folhas ... Sem coragem ...


Respiração quase pecaminosa,
corpo evitando a queda,
anda pela minha pele,
apenas me observas,
os teus dedos desenham vértebras.

As pontas dos dedos
a pairar no meu caminho,
broto cheio de memórias
de uma tarde de verão.

Pensamento oculto,
memórias bonitas
pairar no meu caminho
corações roxos,
és tu, a saliva que alimenta
os meus lábios sedentos,
aquele que brinca com vírgulas,
das conjunções copulativas,
do verbo que nos rodeia.

A solidão desaparece,
quando tu apareces na minha tela,
furtivo, acordas-me, beijas-me,
desaparecendo

De alguma tempestade o teu reflexo,
sim, reflete e assusta-me,
eu estendo os meus braços,
Peco por encontrar, longe de ti.

Uma vírgula da minha vida é suficiente,
quando eu penso que tu, és o meu alcance,
sendo o futuro presente,
das elipses,
que nos rodeiam… tão distantes.

Beijos
J