Entre folhas ... Peitos abertos, tão cúmplices …

Tão cúmplices estas nossas bocas,
tão dos nossos felizes momentos,
desfazem-se os lábios ao pensar em ti,
querer-te como a menina que conservas
amar com a maturidade de um adulto,
amar a tua pele,
descobrir-te a primeira vez,
tanto amor não enche,
o poema,
tanto amor tem de ser saciado em degraus,
a cada degrau um percurso pela tua pele,
degrau a degrau,
sublimes chegamos
a perder a noção do tempo,
a nos perder em amores,
no calor que os nossos corpos
desprendem.

E desprendendo estrelas fugazes
encontramo-nos,
enquanto a lua brilha e o mar que nos separa,
o sol
parece acariciar-nos,
enquanto a vida passa,
amando-te,
avança a vida a passo curto,
descubramos o desconhecido juntos
digamos que o amor nunca nos conheceu,
como meninos,
a primeira vez,
não me envergonho de falar dos meus
pensamentos
nem me envergonho de saciar
as minhas vontades,
contra o profundo da gruta do teu
corpo.

Falando de ti,
Imagino-te semeando
ternura,
sobre os prados do meu corpo,
galopando,
e o meu alento no teu alento
está entregue,
diz que tenho um verbo ativo,
que fazemos somas e temos
resultados,
gritos abafados,
noites de paixão,
enlouquecidos,
e como disse anteriormente,
em algum poema perdido,
esquenta-me ,
o roçar das tuas nádegas,
chamo o destino
para que aqueles momentos voltem
de novo,
onde quero penetrar com os dedos no
profundo,
e de surpresa,
em seco, mas com cuidado,
adormecida,
mas acordada,
penetro a tua boca,
com as minhas palavras doces
e beijos molhados
deixo-te naquele momento
de loucura e prazer insano,
em nuvens de algodão,
onde me perco,
e sinto os teus lábios
entre os meus,
venço a minha calma e somo
os meus momentos aos teus,
outro para a lembrança,
onde em noites solitárias,
levas as tuas mãos,
de novo até ao teu sexo,
não nos enganemos,
não é o mesmo...
a pele compreende-se
entre silêncios.

Beijos
J.