Entre folhas ... O que não tem sido…

Imagino aquilo que não tem sido,
as minhas mãos pelo suor das tuas costas,
os teus peitos marcados pelos meus dedos,
escorrego-me, vibrante, até ao teu sentir
profundo, escondido, ardente.

Encontrada a raiz
no ponto do teu vértice,
onde as tuas ancas, movem-se,
caprichosas daquilo que se avizinha,
mexes-te sem saber
e cada vez mais te entranhas.

Neste mundo de sentires,
que tantas vezes nos dá
a cara oposta do destino…
E por fim,
os nossos corpos sacodem-se
e como tantas outras vezes,
não estás...
Para sentir os vestígios da tua existência.

Beijos

J.