Entre folhas ... Entre boleros ...



Não entendo a luz no teu refúgio,
nem acontece no presente a tristeza,
avanço fiel e sem tempo
dando o rosto em contracorrente.

Quem amasse sem temor as suas vergonhas,
de temer só teme a sua vertente,
não deixeis abandonada a vossa sorte
o amar livre de expressão e de palavra,
caminhando livremente,
despimos,
o profundo que encerra,
a nossa mente.

Dançando boleros,
Passam as minhas noites
entre as tuas pernas,
no indiferente sentir
dos meus dias,
a bondade está na semente
do sentir como sentes,
a cadencia das notas
tornam-se fortes,
ao notar no meu perfil
os suores frios que me vêm de frente.

Não entendo a luz no teu refúgio,
Escape-se-me
a alegria na tua ausência,
devolve-me a voz
para te dizer,
que quero-te intensamente.

Sempre fica tempo
para uma promessa.
Ainda que nunca chegue...
entre boleros…

Beijos
J.