Entre folhas ... Vazio ...



Com os teus cabelos
cobres a minha cama,
o teu perfume que não sinto,
o corpo quente,
intenso, do amor flamejante,
são noites que passam voando.

E eu não me acostumo a amar…

Para o vazio das minhas janelas,
a porta branca do quarto,
os espelhos da parede,
nem o roçar das tuas nádegas,
e o balanço do teu quadril.

E eu não me acostumo a amar…

Para o vazio da minha tensa calma,
nem no vazio da cama,
mel dos meus olhos,
viciados na tua pele,
noites quentes.
                        
E eu não me acostumo a amar…

E estes dias que passam,
sem um abraço
quando estás longe de casa,
mesmo que inundes
com os teus beijos,
o vazio da minha alma.

Beijos
J.