Entre folhas ... Inequívoco e livre ...



Escuto o som das palavras
lento,
peregrino das minhas emoções
assumo o risco de equivocar-me
sem temores,
nem receios,
maduro é o vocábulo que sai da minha boca.

Fico com a minha voz e a minha palavra,
com o meu sentido da disciplina
do amor que se sente fiel,
ao mesmo tempo
inclino-me pelo amor,
ante o desafio da incompreensão.

Trato de repetir até à saciedade
o que diz não se compreender,
sem temor a que não coincidam
os meus pensamentos adiante do que lê,
antes de mais, nada tenho por paciência,
o meu tempo,
e por amor a uma alma
inquieta e generosa que com tudo pode.

Inequívoco e livre,
quem não me entende,
que pergunte,
ainda que tratem de averiguar
a minha resposta
não a dêem por dita,
se os meus lábios não a assumirem.

Beijos
J.