Entre folhas ... Lícito ...

Chamo-me vida,
ao teu nome
chamo-te amor,
amor que dorme
nos meus sonhos,
chamo-te amor
e dava a vida para te ter
metida no segundeiro do relógio
que aprisiona,
a boneca da minha vida.

Lícito:
ter-te até em sonhos,
possuir-te
sem fazer danos
a quem rodeia a tua vida.

Chamo-te amor,
coloco a minha vida
nos teus contrastes,
quebras os meus pensamentos,
lícito escrever-te
amor em tom de claro sentimento,
enquanto a vida passa à altura
dos meus costumes,
o meu calçado resiste
à intempérie das minhas lágrimas,
dói a vértebra que faz girar
a minha cabeça
para o teu mundo,
lícito é o dizer sem que me escutem.

ilícito ter-te e não te abraçar
chega a hora,
que outros chegam
para beijar-te,
quando me sentes
tão próximo.

Lícito e explícito.

Beijos

J.