Entre folhas ... Há amores ...

Há amores que se desgastam
Com a ausência,
Que assobiam para o ar o nome
Da pessoa que se ama,
Assomem lembranças
Em a cada janela,
Entrando em cada porta,
Há amores que se escrevem
Com letras de fios de prata,
Só se apaziguam os temores
Na distância,
Nem se quebram inquietudes
Pela subtileza,
Não são as mensagens,
Nem os telefonemas,
Nem um eleger de palavras
Para a tua alma.

Há amores que se desgastam
Desgranando dias,
Longas esperas,
Não foi o teu caso,
Foram os meus olhos
De tanto chorar,
Foram-se apagando
Os momentos amargos.

Escrevo palavras,
Que nascem da minha boca,
Deixou a minha alma de chamar-te,
Desprezada ficaste na memória,
De quem observou
Os teus fatos,
E floriu as palavras.

Beijos
J.