Entre folhas ... De tanto em tanto ...

Viajantes dos nossos sonhos,
Deslocamo-nos pela manhã
Em tardes dispersas,
De tanto em tanto...

De tanto em tanto a necessito
Próxima,
Nua de palavras,
Nua de alma,
Despe a sua pele.

De tanto em tanto,
Refugio-me
No seu corpo,
Nos seus peitos
Ou no seu templo,
De tanto em tanto
Voltamos ao inicio,
Com as pupilas
Nítidas e sem mistérios,
Regressamos com um ou milhentos beijos,
De tanto em tanto,
O desejo é tão puro,
Que a agonia do tempo
Que permanecemos juntos,
Perde-se em orgasmos,
De tanto em tanto,
Brincamos,
A ver quem chega o primeiro,
À cúspide do céu,
E eu sempre,
Fico no inferno,
De tanto em tanto,
Tudo foge,
E regressa de novo,
Com a certeza de sermos amados,
Como nos amamos em sonhos.

De tanto em tanto
Só de tanto em tanto,
Porque assim o queremos.

E volta louca em despir-me,
Seja segunda-feira,
Ou sexta-feira
De Janeiro,
Ou de Dezembro.

Eu sonho a cada dia,
Deixando de tanto em tanto,
Para manhã,
Caminhando,
Do porquê das flores
Murcharem.

A cada dia...

Beijos
J.