Entre folhas ... Do saber que estás ...

Se pudesse ser uma aranha
Cobriria o teu corpo
Com o amor que vou tecendo,
Ou se fosse o vento,
Chagaria até ti,
Unindo sentimentos.

Água a correr,
Livre e limpa
Como as tuas palavras,
Mas se fosse uma nuvem
Descarregaria a água
Gota a gota
Sobre o teu corpo,
E a cada gota um silêncio,
E a cada silêncio,
Um beijo.

Os meus ventos
Da tua imagem,
Tão cristalinos na minha mão,
Os beijos como lírios
A paz no regalo,
Os dias que andámos
De mãos dadas,
Ficam assim escritos,
Com pontos suspensivos
Porque não há amor que morra,
Tão só descansa silencioso,
Numa brisa de lembranças
Agridoces.

Do saber que estás,
E não te ter
Quando te quero
Entre as minhas teias,
E vou tecendo versos,
Na falta dos teus beijos.

Beijos
J.