Entre folhas ... Do líquido incerto …

Fora eu
Líquido no teu corpo
Sempre que és a ausência,
Fossem
As minhas mãos as tuas mãos
A cada noite
Entre as tuas ancas,
Ou fosses tu
A que de mim bebesses.

Fosse como fora,
Divagamos onde se perde
O acaso,
Falando,
Tantas certezas
Cristalinas na alma
E nos olhos,
Fazem que bebamos juntos,
Das nossas próprias lágrimas.

És tu,
Líquido no meu corpo
Que escorrega,
Até ao centro
Dos meus serenos sentimentos.

Mas,
Multiplicam-se as luzes
Onde vivem os meus silêncios.

Beijos
J.