Entre folhas ... Tenha dó …

Que do meu sonho ficasse
A alegria ou tristeza reflectida no seu rosto,
Sem perder tempo em eufemismos,
Não se equivoque,
Não a quis ofender,
Mas olhe,
Repartir as minhas palavras
A pessoas que não concernem,
Nem às minhas noites,
Nem aos meus dias
Emudecem a voz,
Revelam-se os sentidos,
Brotando a mil por segundo,
A desculpa,
Dos ecos produzidos.

E ainda sabendo onde a encontraria
Não preciso ir ao seu encontro,
Nem gastar saliva para enfermar,
Aquilo que só por si,
É doentio.

Porque na minha consciência
Não têm ficado manchas,
E se equivoca,
Eu mal a conheço,
Nem trato de forçar os escrutínios,
As pombas voam,
As gaivotas emigram,
E podia,
Mas não quis,
Ficam encerrados nos meus sonhos,
Sem gastar palavras desnecessárias,
Fico apenas contemplando.


Beijos
J.