Entre folhas ... Jogos de amor ...

Jogos de encontros e desencontros,
Se tu te escondes, eu te procuro,
Com frequência trocamos de papel,
Às vezes pela tua vontade,
Ganho eu,
Outras vezes, em armadilhas,
Deixo-te encontrares-me,
Jogamos o jogo proibido,
Na realidade…

Lutamos,
Corpo a corpo,
Selvaticamente,
Arrancando a roupa e a vergonha,
Eu tratando de te possuir,
Tu tratando de escapar...

Revolves-te,
Arranhas-me com as palavras,
Aperto-te com as minhas mãos,
Imobilizo-te,
Ato-te,
Possuo-te...

Ambos acabamos triunfando,
Com rostos cansados,
Jogamos a seduzir-nos mutuamente,
Mas,
Neste jogo,
Tu inicias com vantagem...

É impossível ganhar a quem seduz
Mesmo não querendo ser seduzido,
Jogamos como crianças travessas,
Que desafiam o mundo com descargo,
Rimo-nos do mundo e fugimos dele,
Justo no momento em que ele nos surpreende nus
Fazendo amor…

Às vezes é tanta a urgência,
Que não nos detemos,
Nem a roupa recolher conseguimos,
E voltamos a esta ilha,
Nus e cansados,
Rindo-nos ainda das nossas travessuras...

Jogamos a mudar as regras,
Inventamos novos jogos,
Atrevemo-nos a jogar sem regras,
Estes jogos insanos,
Proibidos pela sociedade,
Estes jogos de amor...

Beijos

J.