Entre folhas ... Alquimia de um dogma ...


Ilusionista da vida,
alquimista de ilusões
saltimbanco de palavras,
equilibrista  das minhas noites
ou dos meus dias,
da minha loucura aparente,
transparente,
tratem de fazer insinuações,
com razões,
vivo olhando o infinito,
sabendo que não está
para além deste instante em que escrevo,
deste instante
que comigo falo,
ou me indago ou me adivinho,
sobre uma lua cheia,
que por brilhante ser
faz a minha vida andar às escuras
nesta tessitura.

Perdoem-me que hoje
não lhes fale de amor,
nem de amar,
está a minha consciência dividida
e com ela nunca gosto de brincar,
a minha consciência
e o meu amor
hoje estão reunidos
enquanto trato de enganar
as minhas palavras,
outros enunciam
os meus atos,
sem importar-me,
sou um dogma de uma fé sem nome.

Há vezes sem conta,
que me estremece
um olhar,
e outras
que faço estremecer
os sete sábios
da Grécia,
conjurando com eles,
a minha demência.

Beijos
J.