Entre folhas ... Delírios ...

Eu bebo a nostalgia
no cálice amargo da ausência,
eu tenho memórias quentes e serenas,
o teu corpo junto do meu,
os meus,
teus pensamentos,
os teus actos de menina,
agridoce
de te ter tido tão pouco tempo
dificilmente te lembrarias,
mas o sabor do teu sexo
ficou embebido no meu desejo,
e a candura dos teus lábios molhados.

Alguém disse que beijos pagos
não sabem a nada,
por isso,
eu bebo o meu desejo,
alojado nos meus lábios,
o cálice do meu corpo de madrugada,
na íntegra.

E a tua ilusão é a minha loucura.

Alguém disse que beijos pagos
não sabem a nada,
será que são pagos
com o amor das profundezas da alma?

Beijos
J.