Entre folhas ... Ás de trevo ...

Ontem de ti,
Infundada de alegria,
Coagulaste os instantes dos meus olhos,
Sangraram os meus beijos levemente
No espaço,
A lembrança dos teus passos
Constantes pela minha vida,
O fio da vida em si mesma,
Peregrino amante dos teus olhos,
Recordo-te como és,
Com a convicção de que nada
Tem mudado para sempre,
A lembrança de amor que desfrutamos,
Permanece.

Nada tem mudado para sempre,
No entanto nos teus olhos delatam-te,
Enquanto os meus falam-te,
Nomeando-te,
Só o teu nome permanece à espera
De o ter por perto,
Para o acariciar.

Encarcero-me no abismo do tempo,
E espero-te,
Sem sangrar o as de trevo.

Beijos
J.