Entre folhas ... Sonhos molhados …

A minha palidez encaixa no seu rosto,
Tímida como nenhuma,
A dor involuntária da sua partida,
Entristece
A tarde fria de inverno.

Deixo atrás,
O olhar de quem amo
Passam as palavras caladas,
Sem nome,
Mulher de pecado inesperado
De um passado amoroso,
Silenciam as tardes
Daqueles que viram,
Temerosas e inquietas as noites,
Dos sonhos que faltam cumprir,
Somando dias,
O prazer vai se derretendo,
Solitário.

Não sei se voar serve para recordar
Ou para deixar cair a tristeza no teu colo,
Têm passado os abraços,
As horas e os dias,
Restam vir,
As realidades,
Enquanto o meu corpo à deriva
Vai ao teu encontro,
Desprotegido,
O tentador contorno do teu corpo,
Com as tuas mãos,
Masturbas a carne,
Que na minha boca
Esteve um dia prisioneira,
Sem correntes.

Um sorriso natural,
Prediz que esse tempo foi realidade,
O tempo não nasce
Com o esquecimento
Se do sonho se alimenta.

Beijos
J.