Entre folhas ... Fantasiando ...

Longínqua,
Às vezes inexpugnável,
Eterna como a pedra que resiste,
Tão feminina e sensual
Que dói.

Pobre explorador,
Perdido nos caminhos do teu corpo,
Traçando o mapa dos seus desejos,
Curvas nos teus peitos,
Marmóreos,
Acerados,
Que atravessam as suas mãos
Como,
As de um Cristo destronado.

As luas do seu sorriso
Conto-as,
Para não perder
A noção do tempo,
E o vento de sua boca
Refresque-me nas noites claras,
Nas que sorrio,
Olha para ela,
Radiante e estrelada.

E o mapa do vale do seu ventre,
A húmida cascata do seu sexo,
E afogando-me,
Ela é chuva,
Molha-me,
E perco o rastro
Que levar-me-ia a casa,
Sem compreender que nela
É onde tenho o meu lar…

Beijos
J.