Entre folhas ... Da água e da tua sede…

Da água e da tua sede,
Da minha fonte tens de beber.

Com a liberdade que se oferece a amar,
Em plena liberdade,
E conscientes de que a lua
Seduz e ilumina-nos,
As nossas almas sentem sem pudor
A noite como um acontecimento,
Da chegada do desejo.

E quando vai o meu corpo menino,
Volta-se em adulto e maduro,
Madura a noite para nós
Para essa mulher que observa,
A minha escrita,
Silenciosa.

Sentir como se acalora o corpo,
A cada noite e a seu lado
Saborear a sua pele,
Enquanto a minha boca ao pensar,
Faz-se água...
Ou líquido,
Elemento que percorre o meu corpo...

Manancial de água fresca,
Penso como as tuas mãos
Acariciam os meus lábios,
Os meus lábios acariciam a ponta
Dos teus dedos,
Beijando-os.

Esta noite quisesse ser lua
Para velar o teu sono,
Esta noite quisesse impregnar-te
Da minha essência,
Que notes como treme,
O meu corpo de menino - homem,
Esta noite quero que vivas,
O amor como nunca o vives-te
Faz de mim, o homem que desejas,
Leva-me pelo caminho
Dos prazeres,
Insanos e ocultos,
Bebe de mim,
Até ao amanhecer.

Da minha água e da minha pele,
Algum dia terás de beber.

Beijos
J.