Entre folhas ... Exilios momentãneos ...

A lembrança
Aquecendo-me as veias
Uma flor a ponto de abrir-se,
Nova,
Lambendo o sabor doce
Do seu néctar,
As suas carícias
Nunca são suficientes
Retorna a minha mente
Como já não ausente.

Sufocação,
Acaloramento,
Incêndio por apagar
Algo do que tem passado
Entre os nossos corpos,
No meio de um amor que geme
E chora ao mesmo tempo.

Tremo de emoção
Quando me olhas,
Nu e sem complexos,
As partes,
Mais complexas do meu corpo,
Tanto amor,
E tão completo,
Deixam o meu coração
Ao descoberto.

Entre as minhas mãos
Escondia as letras
De um poema embelecido,
Parecesse,
Mais um punhado de letras,
Desordenadas que o azul,
Descomponha,
Formando estrelas.

No céu
Corpos nus,
Em silêncio,
Amor de pássaros nocturnos,
Percorrem-me,
A evocação tem,
Cor de sangue intensa,
Que percorrem as minhas veias,
E a minha língua deleita.

O amor que bate,
Reverdeja ao mundo,
Aos nossos olhos
Cálidos olhares,
Com raízes cada vez mais profundas,
Umas lágrimas que padecem
Pelo tempo,
Que nos obriga a estar juntos,
E o tempo finca-se-me
Nas entranhas,
Quando te dispo
Com os olhos fechados,
O amor profundo
Que encerras discreta.

A nostalgia
Apodera-se-me
Sem debilidades,
E o amor como fronteira,
Ou do amar como prefiras.

Beijos
J.