Arrepia-se a minha pele,
Atravessando noites na tua ausência,
Adagas e punhais traem
E não deixam sanar
As cicatrizes da minha alma.
Títeres penduram-se nos meus sonhos,
Ingratas presenças,
Pendurados de uns fios invisíveis,
Sujeitam-me,
Coagula-me o sangue,
Arrastam-me a um acordar cedo,
Na realidade nocturna das horas
Dos meus passos constantes,
Sou peregrino da tua pele,
A minha pele arrepia-se:
Quando te recordo longínqua e ausente,
Tens deixado de existir,
Os restos da tua pele,
In grávidos voam,
Para a casa do esquecimento,
Sem pretextos.
Demasiado tempo a não lembrança
Das tuas pernas abertas.
Perco,
Demasiado tempo com as letras
Ao descoberto de outro amante.
Beijos
J.