Tenho de pedir perdão
De vez em quando,
O meu lápis
Escreve sem muita sensatez…
Os humanos pecam
De sentir ardentemente
A tinta entre os nossos dentes,
As palavras fluem sem recato
Fazendo passar maus momentos.
O vento assobia esperanças
O meu dedo oprime-o ardente
Quando encontro-te ausente,
E o meu lápis abertamente
Empena-se em recordar-te
Saciando as tuas lembranças.
Sou testemunha que no meu peito
Mora a tua recordação,
Sincero,
Mas parece mais uma queixa
Que um lamento.
Eu sou sincero comigo
Não me esqueço do esquecimento
Levo-te sempre comigo,
Quando te digo: esqueço-te
Estou a dizer: quero-te.
Tão sincero sou contigo
Como o fui comigo.
Beijos
J.