Embriaga e aromática,
Sorria pela fenda dos teus lábios,
O amor vagueava em torno...
Quase a minha mão posou na tua mão,
A tua cabeça no meu ombro,
Inquietou-se como um menino consentido
Sobre um encaixe redondo...
Rocei o dedo na tua cara,
Cálida, sedenta e ausente,
Pensei que estavas longe,
Tão distante,
Como num país remoto...
Que as tuas mãos jamais posar-se-iam
Sobre a pele do peregrino louco,
Que eras a minha gota do impossível
De um doce mar ignorado…
Então recolhido e solitário,
Da noite ao fundo,
Como um licor amargo que desborda,
Embriaguei-me de soluços,
Com gotas de impossível…
Beijos
J.