A meio da noite
Desvelas-te
E vês o meu rosto adormecido...
Com a tua boca sobre a minha frente,
Deixas,
Como ao descuido,
A tua mão sobre o meu peito,
Até que os nossos batidos compassam-se...
A meio da noite,
Hostil e escura,
Guardas-me,
Estremecendo-te a cada
Movimento que faço,
Até que,
Feminina e desvalida,
Ficas sonhando
Como um anjo cansado…
Pela manhã,
Tenho uma alegria,
Que me faz viver
Todo o dia,
Que me assiste
Sem saber a que se deve,
Ou por que nasce.
Beijos
J.