Entre folhas ... Sem coragem ...


Respiração quase pecaminosa,
corpo evitando a queda,
anda pela minha pele,
apenas me observas,
os teus dedos desenham vértebras.

As pontas dos dedos
a pairar no meu caminho,
broto cheio de memórias
de uma tarde de verão.

Pensamento oculto,
memórias bonitas
pairar no meu caminho
corações roxos,
és tu, a saliva que alimenta
os meus lábios sedentos,
aquele que brinca com vírgulas,
das conjunções copulativas,
do verbo que nos rodeia.

A solidão desaparece,
quando tu apareces na minha tela,
furtivo, acordas-me, beijas-me,
desaparecendo

De alguma tempestade o teu reflexo,
sim, reflete e assusta-me,
eu estendo os meus braços,
Peco por encontrar, longe de ti.

Uma vírgula da minha vida é suficiente,
quando eu penso que tu, és o meu alcance,
sendo o futuro presente,
das elipses,
que nos rodeiam… tão distantes.

Beijos
J

Entre folhas ... Nada é o mesmo...

Nada é o mesmo quando se decompõe
da nossa imaginação,
um corpo,
um desejo,
uma chama,
uma esperança,
nada é o mesmo quando se decompõe a alma.

Por um amor irrecuperável
ou por um amor errante ...

Continuamos andando
à procura de uma impressão
que nos une a alma,
sentirmos um amanhecer
com a lua entre nós,
sentindo o calor que emana
as estrelas do teu corpo.

Nada é o mesmo
quando com o coração,
se ama.

Beijos
J.

Entre folhas ... De espuma ...


Estou nas tuas noites
passeando nos teus sonhos
estou no meio do cruzamento
da tua estrela,
no meio do firmamento fala-me a lua,
de solidões ausências e ruturas.

Estou no deserto
dos teus pensamentos
apresento-me em forma de lua,
nu,
o meu corpo molda-se
na lateral das tuas costas.

Há ondas que batem
contra as rochas
de forma impetuosa se manifestam,
abrem-se tuneis,
penetrando na sua espuma,
no profundo.

Os lábios humedecem com os beijos.
...E há quem o pressinta em silêncio.

Nunca disse quero-te
sem o sentir;

Talvez pelo meio…

Beijos
J.