Procura uma noite frágil,
para sentir-se madura
apoia os seus pés
sobre as minhas costas,
procura madrugadas completas,
que as suas mãos façam estremecer
a minha pele,
procura uns olhos,
onde depositar todo o amor
que me tem,
procura os meus olhos,
sabe que aí está o seu afecto.
Procura um abraço,
enredada no meu silêncio,
procura o que o tempo
lhe nega e rouba,
as suas próprias lágrimas
se procuram e se encontram
escorregando pela sua pele,
precisa de chorar.
Agarra-se à sua almofada,
fecha os olhos,
e encontra-me procurando-a,
procura uma noite de calidez e magia,
para acariciar-me os cabelos grisalhos
de tantas luas iluminadas,
enquanto eu a procuro,
desesperadamente,
a ela.
Tenho dissecado a sua fisionomia
enquanto ela tem encontrado a porta
da minha filosofia,
sempre tenho preferido o seu amor,
que a nenhum outro,
e por fim ela sabe,
que a minha escrita não rima,
mas o meu amor e a sua orla rimam-se.
Em suas mãos deixei o epitáfio
do meu corpo,
para quando precise.
Beijos
J.
Entre folhas ... Em DO menor o amor…
Errante as minhas palavras,
por baixo de mim, a tristeza
em mim mesmo,
encerrado,
ausente,
dor que queima, mata e morre,
renasce ao dia seguinte impertinente,
não se dá conta a morte que não temo,
ao devir negro dos meus dias,
a vida em si é constante morta permanente,
lenta e dolorosa para o que teme,
prematura para quem tudo o sente,
errante passo entre a vida e a morte
sem saber se amanhã estarei irradiante,
ou folha seca que o vento arrasta.
Tem passado o tempo de anestesias
de dizer o que sinto sem ouvir-me,
tenho passado por estações escuras
com passageiros que vão no mesmo destino,
e hoje já vês amada minha,
não sei se concordas o que penso com o que digo,
guarda esta nota;
pode ser que sirva de epitáfio.
Incinera-se o esquecimento pergunto-me,
e alguém lança os restos,
quem vive.
Onde fica o tempo do amor que nunca tem sido?
Onde fica o vivido?
Que queres que te diga hoje ao ouvido?
Demasiadas perguntas,
sem saber se estou dormindo,
sonhando,
nem se te lembras de todo o sentido.
Se da vida e da morte hoje caminho...
Epitáfio:
Fazer amor contigo
é compor música
sussurrada em DO menor,
aproxima o teu ouvido.
Para ti, que não te foste.
Beijos
J.
por baixo de mim, a tristeza
em mim mesmo,
encerrado,
ausente,
dor que queima, mata e morre,
renasce ao dia seguinte impertinente,
não se dá conta a morte que não temo,
ao devir negro dos meus dias,
a vida em si é constante morta permanente,
lenta e dolorosa para o que teme,
prematura para quem tudo o sente,
errante passo entre a vida e a morte
sem saber se amanhã estarei irradiante,
ou folha seca que o vento arrasta.
Tem passado o tempo de anestesias
de dizer o que sinto sem ouvir-me,
tenho passado por estações escuras
com passageiros que vão no mesmo destino,
e hoje já vês amada minha,
não sei se concordas o que penso com o que digo,
guarda esta nota;
pode ser que sirva de epitáfio.
Incinera-se o esquecimento pergunto-me,
e alguém lança os restos,
quem vive.
Onde fica o tempo do amor que nunca tem sido?
Onde fica o vivido?
Que queres que te diga hoje ao ouvido?
Demasiadas perguntas,
sem saber se estou dormindo,
sonhando,
nem se te lembras de todo o sentido.
Se da vida e da morte hoje caminho...
Epitáfio:
Fazer amor contigo
é compor música
sussurrada em DO menor,
aproxima o teu ouvido.
Para ti, que não te foste.
Beijos
J.
Entre folhas ... Cor cereja ...
Tenho uma mulher que não tem perdido
a menina que tem dentro de si,
sorri quando a olho,
alegra-se quando me vê,
chora quando não me tem,
são as suas asas a minha escrita,
as suas borboletas as minhas noites,
tem lábios da cor das cerejas,
pode dizer as coisas mais sublimes,
a sua sensualidade transborda-me,
improvisa os momentos mais doces,
presenteia-me os mais ternos,
os seus dedos conhecem bem,
o caminho das minhas costas,
sabe o que quero,
o que gosto, e eu conheço
bem o seu carinho.
Não me recordo de ter pensado
quanto tempo dura um amor,
e aí os meus pensamentos terminam,
ao lado dos seus sonhos,
sou como ela.
Beijos
J.
a menina que tem dentro de si,
sorri quando a olho,
alegra-se quando me vê,
chora quando não me tem,
são as suas asas a minha escrita,
as suas borboletas as minhas noites,
tem lábios da cor das cerejas,
pode dizer as coisas mais sublimes,
a sua sensualidade transborda-me,
improvisa os momentos mais doces,
presenteia-me os mais ternos,
os seus dedos conhecem bem,
o caminho das minhas costas,
sabe o que quero,
o que gosto, e eu conheço
bem o seu carinho.
Não me recordo de ter pensado
quanto tempo dura um amor,
e aí os meus pensamentos terminam,
ao lado dos seus sonhos,
sou como ela.
Beijos
J.
Entre folhas ... Ironia idiopática ...
Acolhe no dever dos meus dias,
o acaso que se avizinha,
pergunta-me sobre o amor,
todos os dias,
e silêncio é o que a alma grita.
Restauro a minha própria
e fina ironia,
e alheio a tudo o que me rodeia
e acabo por a empregar contra mim.
Quisesse uma lua contigo
em quarto crescente
duas noites de amável sintonia,
em minguante
três beijos intermináveis,
olhando as estrelas.
Olho para o céu e está nublado,
a sangue e fogo pelo teu amor
queimo-me, desespero,
jogo com a esperança,
sei que visitas este canto,
rancorosa apontas ao alvo
das minhas palavras,
e quando crês ter vencido
dás-te conta que tens perdido
todas as batalhas comigo,
se queres fazer amor
primeiro limpa a tua mente,
das impurezas acumuladas,
para que a tua consciência fique despida.
Inconcluso sempre baixo,
como o 23 de Janeiro
o Dia de S. João,
sim,
eu sei,
eu coloco os santos onde quero,
não tenho dono.
Preso da minha liberdade,
drogado das palavras
por prescrição amorosa,
sofro de SESP,
um diagnóstico idiopático.
Uma doença comum
hoje em dia,
já existia
no dia que te conheci,
mas não se contagia.
Se vestisse de negro
não seja que a minha dor,
arraste-te,
ao fundo da primeira declinação
do verbo morrer.
Tem uma imaginação manifesta,
e na ruína da sua palavra,
edifica a dor que nunca teve,
o meu pesadelo,
parece ser a sua sombra,
quando olho a minha sombra a renego,
o andar,
com o verbo amar.
Sou ex preso da minha própria guerra,
sou preso da minha alma,
e nestas mudanças,
ela é livre.
Beijos
J.
o acaso que se avizinha,
pergunta-me sobre o amor,
todos os dias,
e silêncio é o que a alma grita.
Restauro a minha própria
e fina ironia,
e alheio a tudo o que me rodeia
e acabo por a empregar contra mim.
Quisesse uma lua contigo
em quarto crescente
duas noites de amável sintonia,
em minguante
três beijos intermináveis,
olhando as estrelas.
Olho para o céu e está nublado,
a sangue e fogo pelo teu amor
queimo-me, desespero,
jogo com a esperança,
sei que visitas este canto,
rancorosa apontas ao alvo
das minhas palavras,
e quando crês ter vencido
dás-te conta que tens perdido
todas as batalhas comigo,
se queres fazer amor
primeiro limpa a tua mente,
das impurezas acumuladas,
para que a tua consciência fique despida.
Inconcluso sempre baixo,
como o 23 de Janeiro
o Dia de S. João,
sim,
eu sei,
eu coloco os santos onde quero,
não tenho dono.
Preso da minha liberdade,
drogado das palavras
por prescrição amorosa,
sofro de SESP,
um diagnóstico idiopático.
Uma doença comum
hoje em dia,
já existia
no dia que te conheci,
mas não se contagia.
Se vestisse de negro
não seja que a minha dor,
arraste-te,
ao fundo da primeira declinação
do verbo morrer.
Tem uma imaginação manifesta,
e na ruína da sua palavra,
edifica a dor que nunca teve,
o meu pesadelo,
parece ser a sua sombra,
quando olho a minha sombra a renego,
o andar,
com o verbo amar.
Sou ex preso da minha própria guerra,
sou preso da minha alma,
e nestas mudanças,
ela é livre.
Beijos
J.
Entre folhas ... A minha vida sem ela …
Quiçá encontremos,
a realidade do nosso sentir
quando tenhamos esquecido
que fomos livres amando,
presos do tempo,
que compartilhamos sem destino
armazenando horas de espera,
para fazer juntos o mesmo percurso.
Foram tempos difíceis
a ausência não guardou
tudo o que sentíamos,
no final da ausência
chegou o encontro;
seja para bem a ausência
compartilhada.
E quiseram julgar-nos
pessoas como nós
de carne e osso,
adúlteros da própria vida,
trouxeram estrimónios,
e ninguém lhes deu crédito.
Tivemos tempo para falar da alma
e não o aproveitamos
preferimos…
jogar com os nossos nus corpos
ao limite de todos os sentidos.
Não se perderam as horas compartilhadas,
ficaram no baú das lembranças,
ficaram para sempre,
nos nossos sentidos,
quando a ausência de novo se aproximar,
chegarão os dias, que daremos crédito
a todo o vivido.
E ansiaremos que chegue a noite
para recordar todo o acontecido,
as minhas mãos sobre os teus ombros,
os teus braços nas minhas costas nuas,
será o tempo de sentir
os nossos próprios silêncios.
Na flor da noite,
a vida sem ela
é mais triste,
sem ti,
todos os espelhos
são escuros e,
a pena é mais obtusa,
o desejo vai roer-se com as unhas,
e os nossos corpos ficam
abandonados à sua mercê.
Beijos
J.
a realidade do nosso sentir
quando tenhamos esquecido
que fomos livres amando,
presos do tempo,
que compartilhamos sem destino
armazenando horas de espera,
para fazer juntos o mesmo percurso.
Foram tempos difíceis
a ausência não guardou
tudo o que sentíamos,
no final da ausência
chegou o encontro;
seja para bem a ausência
compartilhada.
E quiseram julgar-nos
pessoas como nós
de carne e osso,
adúlteros da própria vida,
trouxeram estrimónios,
e ninguém lhes deu crédito.
Tivemos tempo para falar da alma
e não o aproveitamos
preferimos…
jogar com os nossos nus corpos
ao limite de todos os sentidos.
Não se perderam as horas compartilhadas,
ficaram no baú das lembranças,
ficaram para sempre,
nos nossos sentidos,
quando a ausência de novo se aproximar,
chegarão os dias, que daremos crédito
a todo o vivido.
E ansiaremos que chegue a noite
para recordar todo o acontecido,
as minhas mãos sobre os teus ombros,
os teus braços nas minhas costas nuas,
será o tempo de sentir
os nossos próprios silêncios.
Na flor da noite,
a vida sem ela
é mais triste,
sem ti,
todos os espelhos
são escuros e,
a pena é mais obtusa,
o desejo vai roer-se com as unhas,
e os nossos corpos ficam
abandonados à sua mercê.
Beijos
J.
Entre folhas ... Depois de tanto ...
Após amar,
de sentir tanto,
após desejar em conjunto
sentir a vida,
após ter-nos
tão perto, após tudo,
e com motivos sinceros,
às vezes inexplicáveis,
e cada qual permanece
no lugar que lhe pertence.
Com desculpas,
do amor que não se goza,
Incompreendido,
E aquela dúvida de sempre,
e como sempre com tudo acaba.
Sem lógica de raciocínio.
Beijos
J.
de sentir tanto,
após desejar em conjunto
sentir a vida,
após ter-nos
tão perto, após tudo,
e com motivos sinceros,
às vezes inexplicáveis,
e cada qual permanece
no lugar que lhe pertence.
Com desculpas,
do amor que não se goza,
Incompreendido,
E aquela dúvida de sempre,
e como sempre com tudo acaba.
Sem lógica de raciocínio.
Beijos
J.
Entre folhas ... Do seu poejo sou ereto talo ...
Do seu poejo sou,
a mente mesclada,
a noite dos seus desejos,
a perdição rendida
a cimeira das minhas fantasias,
o canto perdido,
a carne entusiasmada,
o centro da esquina.
Explosão de fumaça,
pele que te penetra
no alvo,
mão que te suga,
tormenta ardente,
fogo da tua morada mais brilhante,
aparência,
por baixo da cama estão as tuas calcinhas,
sedosas como a pele que me percorre,
as estrias trabalhadas,
do corpo que te chama,
humidade que abrasa.
Das tuas noites sou,
o amante apaixonado,
o silêncio que percorre o torso nu,
o que te provoca,
figura descarnada,
que te entra intempestivo, e sai a impulso
para voltar a entrar de novo,
desfrutar as tuas vontades
num fechar de olhos,
sentindo-te mamada,
dos teus lábios o beijo,
da tua mão a caricia
do teu peito a cúspide,
a aureola que beija,
os olhos que sangram,
o desejo louco,
descarnado,
rompo a cor natural da tua pele
em cem pedaços,
o lençol que te cobre,
a almofada recolhida,
são os teus olhos
parte onde se perde o meu olhar.
Dos meus dias
sou as tuas noites,
enches a baía
à procura da minha água embravecida.
Beijos
J.
a mente mesclada,
a noite dos seus desejos,
a perdição rendida
a cimeira das minhas fantasias,
o canto perdido,
a carne entusiasmada,
o centro da esquina.
Explosão de fumaça,
pele que te penetra
no alvo,
mão que te suga,
tormenta ardente,
fogo da tua morada mais brilhante,
aparência,
por baixo da cama estão as tuas calcinhas,
sedosas como a pele que me percorre,
as estrias trabalhadas,
do corpo que te chama,
humidade que abrasa.
Das tuas noites sou,
o amante apaixonado,
o silêncio que percorre o torso nu,
o que te provoca,
figura descarnada,
que te entra intempestivo, e sai a impulso
para voltar a entrar de novo,
desfrutar as tuas vontades
num fechar de olhos,
sentindo-te mamada,
dos teus lábios o beijo,
da tua mão a caricia
do teu peito a cúspide,
a aureola que beija,
os olhos que sangram,
o desejo louco,
descarnado,
rompo a cor natural da tua pele
em cem pedaços,
o lençol que te cobre,
a almofada recolhida,
são os teus olhos
parte onde se perde o meu olhar.
Dos meus dias
sou as tuas noites,
enches a baía
à procura da minha água embravecida.
Beijos
J.
Entre folhas ... Viajante de sonhos ...
Eu que me fiz viajante de sonhos
Tomei da minha mão as palavras,
Que pintei rascunhos no céu,
Eu que tanto pude e nada devo,
Devo-lhe a ela este amor sincero.
Soube contar as horas que em ti:
Estive,
Mordendo-te,
Abraçando-te,
Beijando-te, ardendo,
Fodendo de palavras.
De corpo e alma,
Semeei no teu corpo
A semente do amor,
E como tudo acaba
O nosso acabou sendo,
Um casal desfeito.
Sempre encontrou o que procurava
Nessa ocasião,
O meu sangue não estava correndo,
Terminou com ela,
Ficaram as suas vontades
De vingança na almofada.
Beijos
J.
Tomei da minha mão as palavras,
Que pintei rascunhos no céu,
Eu que tanto pude e nada devo,
Devo-lhe a ela este amor sincero.
Soube contar as horas que em ti:
Estive,
Mordendo-te,
Abraçando-te,
Beijando-te, ardendo,
Fodendo de palavras.
De corpo e alma,
Semeei no teu corpo
A semente do amor,
E como tudo acaba
O nosso acabou sendo,
Um casal desfeito.
Sempre encontrou o que procurava
Nessa ocasião,
O meu sangue não estava correndo,
Terminou com ela,
Ficaram as suas vontades
De vingança na almofada.
Beijos
J.
Entre folhas ... Flor de vida e morte ...
Pétalas brancas,
Fúcsias ou violetas,
Quem o diria?
Dos seus condutos lactíferos,
Da cápsula extraindo
O veneno que mata.
Quem o diria?
De olhar tanto a flor
Por dentro brilho
Por fora mata,
Os meus olhos desatam-se.
Se achar quisesses o conduto do amor
Que regula a minha vida,
Procura nas minhas veias
Endurecidas,
Paralógica a vida.
Quem o diria?
Pétalas brancas que matam
Fazem-te seguir, vivendo,
Na força de alcançar o veneno
Que com tudo acaba.
Flor não deixe de crescer
Seguirei cortando os teus condutos,
E tu,
Emborrachando a minha vida
Às vezes quente, às vezes fria,
A flor da dormideira,
Que faz amar às cegas.
Sem reparos.
Quem o diria?
Beijos
J.
Fúcsias ou violetas,
Quem o diria?
Dos seus condutos lactíferos,
Da cápsula extraindo
O veneno que mata.
Quem o diria?
De olhar tanto a flor
Por dentro brilho
Por fora mata,
Os meus olhos desatam-se.
Se achar quisesses o conduto do amor
Que regula a minha vida,
Procura nas minhas veias
Endurecidas,
Paralógica a vida.
Quem o diria?
Pétalas brancas que matam
Fazem-te seguir, vivendo,
Na força de alcançar o veneno
Que com tudo acaba.
Flor não deixe de crescer
Seguirei cortando os teus condutos,
E tu,
Emborrachando a minha vida
Às vezes quente, às vezes fria,
A flor da dormideira,
Que faz amar às cegas.
Sem reparos.
Quem o diria?
Beijos
J.
Entre folhas ... Do amor estremecido ...
Sobe e desce
A sua língua ousada
Sobre o meu ventre
Engole-me,
Estremece-me,
O seu rastro de saliva
Convertido em sua presa
Os seus lábios manchados,
Com o carmim
Que desprende do meu membro,
Estremecido,
Tem de se apoiar no meu corpo,
Não suporta a sensação
De tanto sentir,
O equilíbrio não obedece.
No seu corpo a minha essência
Ela, a essência da minha vida,
A que me rouba os sonhos,
Desequilibramos e ficamos
Quando se fazem dos sonhos
Realidades.
São as suas raízes,
E os meus sonhos
O brote dos meus sentimentos.
Beijos
J.
A sua língua ousada
Sobre o meu ventre
Engole-me,
Estremece-me,
O seu rastro de saliva
Convertido em sua presa
Os seus lábios manchados,
Com o carmim
Que desprende do meu membro,
Estremecido,
Tem de se apoiar no meu corpo,
Não suporta a sensação
De tanto sentir,
O equilíbrio não obedece.
No seu corpo a minha essência
Ela, a essência da minha vida,
A que me rouba os sonhos,
Desequilibramos e ficamos
Quando se fazem dos sonhos
Realidades.
São as suas raízes,
E os meus sonhos
O brote dos meus sentimentos.
Beijos
J.
Entre folhas ... Libertando-me ...
Liberta-me o suave alento
Que da minha boca desprende,
Liberto os meus pensamentos
Com os meus atos,
Ao mesmo tempo em que liberto
De mim mesmo,
Aquilo que nunca quis.
Libertam-se os meus dias,
E nas minhas noites encontro
Os reproches ao meu feitio,
O silêncio cobiça-me.
De madrugada os meus sentidos
Agudizam-se e ditam,
As sentenças nos meus dias,
Sem juízes alheios.
Beijos
J.
Que da minha boca desprende,
Liberto os meus pensamentos
Com os meus atos,
Ao mesmo tempo em que liberto
De mim mesmo,
Aquilo que nunca quis.
Libertam-se os meus dias,
E nas minhas noites encontro
Os reproches ao meu feitio,
O silêncio cobiça-me.
De madrugada os meus sentidos
Agudizam-se e ditam,
As sentenças nos meus dias,
Sem juízes alheios.
Beijos
J.
Entre folhas ... Náufragos ...
Ficam os restos de um naufrágio,
Ficam,
Pelo tempo espalhados,
Ficam,
As lembranças, ficam, intactos
Entre os sentidos,
Fica o amor escondido,
Fica o tempo vivido.
Ficam silêncios,
Fica-me a dúvida do que não tem sido,
Fica a dúvida encoberta
De tanto te ter querido.
Beijos
J.
Ficam,
Pelo tempo espalhados,
Ficam,
As lembranças, ficam, intactos
Entre os sentidos,
Fica o amor escondido,
Fica o tempo vivido.
Ficam silêncios,
Fica-me a dúvida do que não tem sido,
Fica a dúvida encoberta
De tanto te ter querido.
Beijos
J.
Entre folhas ... Só por ti liberto-me …
Só por ti molho o umbigo,
Beijo os teus lábios,
Mordo os teus ombros,
Arranho as tuas costas,
Só por ti hoje vivo,
Amor espontâneo,
Nada me estranha em te querer,
Forte,
Intimo,
Que lamba os teus dedos e desculpo-me a meu Deus,
Após ter tocado o teu sexo,
Rosado,
Reflexo de uma nuvem,
Semicoberta pelo sol,
Só por ti,
Molho os lábios nos teus fluidos,
Afundo a minha língua bem por baixo,
Venço o cerrar das tuas pernas,
E perdi o tempo antes de te conhecer,
Cuspo um passado,
Agora sou capaz de te cheirar
Sem as distâncias,
Tanto é o fluido que emana do teu sexo,
Sudoroso,
Suplico às linhas do teu corpo,
Que se aproximem,
Aproximando-se deformo os teus seios altivos,
Penetro onde os lábios
Da tua carne empurram,
Incessantes,
Desejosos,
E chego,
Chego…
Parece ser que chego ao abismo do meu sul,
Onde a minha consciência apaga-se.
Sei que pensa na presença
Viril da minha glande
Que se aproxima para lá,
E com aparente dor da sua
Boca,
Retira-se.
Bem o quisesse seu!
Beijos
J.
Beijo os teus lábios,
Mordo os teus ombros,
Arranho as tuas costas,
Só por ti hoje vivo,
Amor espontâneo,
Nada me estranha em te querer,
Forte,
Intimo,
Que lamba os teus dedos e desculpo-me a meu Deus,
Após ter tocado o teu sexo,
Rosado,
Reflexo de uma nuvem,
Semicoberta pelo sol,
Só por ti,
Molho os lábios nos teus fluidos,
Afundo a minha língua bem por baixo,
Venço o cerrar das tuas pernas,
E perdi o tempo antes de te conhecer,
Cuspo um passado,
Agora sou capaz de te cheirar
Sem as distâncias,
Tanto é o fluido que emana do teu sexo,
Sudoroso,
Suplico às linhas do teu corpo,
Que se aproximem,
Aproximando-se deformo os teus seios altivos,
Penetro onde os lábios
Da tua carne empurram,
Incessantes,
Desejosos,
E chego,
Chego…
Parece ser que chego ao abismo do meu sul,
Onde a minha consciência apaga-se.
Sei que pensa na presença
Viril da minha glande
Que se aproxima para lá,
E com aparente dor da sua
Boca,
Retira-se.
Bem o quisesse seu!
Beijos
J.
Entre folhas ... Há amores ...
Há amores que se desgastam
Com a ausência,
Que assobiam para o ar o nome
Da pessoa que se ama,
Assomem lembranças
Em a cada janela,
Entrando em cada porta,
Há amores que se escrevem
Com letras de fios de prata,
Só se apaziguam os temores
Na distância,
Nem se quebram inquietudes
Pela subtileza,
Não são as mensagens,
Nem os telefonemas,
Nem um eleger de palavras
Para a tua alma.
Há amores que se desgastam
Desgranando dias,
Longas esperas,
Não foi o teu caso,
Foram os meus olhos
De tanto chorar,
Foram-se apagando
Os momentos amargos.
Escrevo palavras,
Que nascem da minha boca,
Deixou a minha alma de chamar-te,
Desprezada ficaste na memória,
De quem observou
Os teus fatos,
E floriu as palavras.
Beijos
J.
Com a ausência,
Que assobiam para o ar o nome
Da pessoa que se ama,
Assomem lembranças
Em a cada janela,
Entrando em cada porta,
Há amores que se escrevem
Com letras de fios de prata,
Só se apaziguam os temores
Na distância,
Nem se quebram inquietudes
Pela subtileza,
Não são as mensagens,
Nem os telefonemas,
Nem um eleger de palavras
Para a tua alma.
Há amores que se desgastam
Desgranando dias,
Longas esperas,
Não foi o teu caso,
Foram os meus olhos
De tanto chorar,
Foram-se apagando
Os momentos amargos.
Escrevo palavras,
Que nascem da minha boca,
Deixou a minha alma de chamar-te,
Desprezada ficaste na memória,
De quem observou
Os teus fatos,
E floriu as palavras.
Beijos
J.
Entre folhas ... Amor de juventude …
Deixou um lenço,
Com os seus desejos gravados,
Desejos contidos,
Tanto tempo
Entre os seus lábios,
A fruta por amadurecer,
O fruto sem proibições,
O tempo que não tem sido,
E que se escapa das suas mãos,
O amor de uma juventude tardia,
O beijo às escondidas.
Deixou parte de seu passado,
E foi de viagem,
Convencida de encontrar o gravado,
Entre as suas mãos,
Encontrou outras mãos,
O morno alento do amor,
Durante tanto tempo esperado,
Desatou no seu corpo tempestades,
Sobre ela caiu o maná do esperado.
E teve tempo
De reter entre as suas pernas,
O liquido amargo,
Que tanto tinha procurado,
Provou a fruta madura,
Cheirou jasmim,
Soube do tempo perdido,
Deu-se conta que não há tempo que seja tarde,
Os seus mamilos amadurecidos,
Os seus mornos lábios,
Desejos cumpridos,
Procura o desejo,
Procura,
Que o tenho retido,
Gravado na minha memória,
No canto mais intimo e apreciado,
Espera,
Vem,
Já te disse onde se encontra,
O amor da juventude tardia,
Vem não tardes,
Que o tempo não desate o amarrado.
Beijos
J.
Com os seus desejos gravados,
Desejos contidos,
Tanto tempo
Entre os seus lábios,
A fruta por amadurecer,
O fruto sem proibições,
O tempo que não tem sido,
E que se escapa das suas mãos,
O amor de uma juventude tardia,
O beijo às escondidas.
Deixou parte de seu passado,
E foi de viagem,
Convencida de encontrar o gravado,
Entre as suas mãos,
Encontrou outras mãos,
O morno alento do amor,
Durante tanto tempo esperado,
Desatou no seu corpo tempestades,
Sobre ela caiu o maná do esperado.
E teve tempo
De reter entre as suas pernas,
O liquido amargo,
Que tanto tinha procurado,
Provou a fruta madura,
Cheirou jasmim,
Soube do tempo perdido,
Deu-se conta que não há tempo que seja tarde,
Os seus mamilos amadurecidos,
Os seus mornos lábios,
Desejos cumpridos,
Procura o desejo,
Procura,
Que o tenho retido,
Gravado na minha memória,
No canto mais intimo e apreciado,
Espera,
Vem,
Já te disse onde se encontra,
O amor da juventude tardia,
Vem não tardes,
Que o tempo não desate o amarrado.
Beijos
J.
Entre folhas ... Peregrino …
Poderia ter sido
O cumulo da tua poesia,
O colar para o teu decote,
Mas,
O néctar que me negaste
Com outros o compartilhas,
Para ser sincero e justo,
Nunca quis aproximar-me.
Agora sou peregrino
Da mão que me oferece
O seu carinho,
Viajo com a alma
Feita de mirones,
Que até iluminam o nosso caminho.
Beijos
J.
O cumulo da tua poesia,
O colar para o teu decote,
Mas,
O néctar que me negaste
Com outros o compartilhas,
Para ser sincero e justo,
Nunca quis aproximar-me.
Agora sou peregrino
Da mão que me oferece
O seu carinho,
Viajo com a alma
Feita de mirones,
Que até iluminam o nosso caminho.
Beijos
J.
Entre folhas ... O que escondes …
O mar estava sereno,
Não vi o amor no mar,
Nem vi gaivotas a passar,
Nem barco para apreciar.
O mar guardava silencio,
Palavras que não ouvia chegar,
Confundiam-se as ondas
Com o meu lento pestanejar.
Areia de ouro,
Parecesse,
Enganava os olhos cegos
Um silêncio de ouro e prata
A brisa começou a soprar.
Um amor de outro tempo,
Ao longe vi passar,
E passou,
Passou tão depressa, que esqueci
O ruído do mar,
Enquanto o meu amor verdadeiro,
Transportava-me até ao lugar,
Onde a realidade habita.
O coração esconde verdades
Que compartilho
Tantas vezes contigo,
Como tudo isto me faz falta.
Beijos
J.
Não vi o amor no mar,
Nem vi gaivotas a passar,
Nem barco para apreciar.
O mar guardava silencio,
Palavras que não ouvia chegar,
Confundiam-se as ondas
Com o meu lento pestanejar.
Areia de ouro,
Parecesse,
Enganava os olhos cegos
Um silêncio de ouro e prata
A brisa começou a soprar.
Um amor de outro tempo,
Ao longe vi passar,
E passou,
Passou tão depressa, que esqueci
O ruído do mar,
Enquanto o meu amor verdadeiro,
Transportava-me até ao lugar,
Onde a realidade habita.
O coração esconde verdades
Que compartilho
Tantas vezes contigo,
Como tudo isto me faz falta.
Beijos
J.
Entre folhas ... Para chegar ao teu corpo ...
Deixa-se a vida deslizar,
Como uma lágrima no rosto suave
Deixa que te fale do silêncio,
Da compostura que o amordaça,
Do pranto triste,
Da melodia amarga,
No ar, sons ocos,
Na tua pele ninguém escreveu versos.
De tanto a muito recordo-te,
Os meus olhos libertam-se espontâneos
O teu ventre inclinado para a minha pélvis,
Dois corpos nus e em silêncio
Atados, nossos olhos à lembrança
A vida deixa-se deslizar,
De amor engana-se a noite
Percorre a minha pele sem cadências
Unem-se as raízes mais profundas
Encontrando-se as vértebras,
Sem temores de julgamento,
Amo-te
Ao vértice das minhas noites silenciosas,
A lágrima com vida
Deixa-se deslizar pelo rosto.
Para chegar mais longe,
Os nossos pés
Têm de seguir a realidade incerta
Atrevemos-mos a falar,
Chamam-nos loucos
Neste mundo de sensatos.
O teu rosto deixa-se pela minha vida,
A vida deixa-se deslizar pelo teu rosto.
Beijos
J.
Como uma lágrima no rosto suave
Deixa que te fale do silêncio,
Da compostura que o amordaça,
Do pranto triste,
Da melodia amarga,
No ar, sons ocos,
Na tua pele ninguém escreveu versos.
De tanto a muito recordo-te,
Os meus olhos libertam-se espontâneos
O teu ventre inclinado para a minha pélvis,
Dois corpos nus e em silêncio
Atados, nossos olhos à lembrança
A vida deixa-se deslizar,
De amor engana-se a noite
Percorre a minha pele sem cadências
Unem-se as raízes mais profundas
Encontrando-se as vértebras,
Sem temores de julgamento,
Amo-te
Ao vértice das minhas noites silenciosas,
A lágrima com vida
Deixa-se deslizar pelo rosto.
Para chegar mais longe,
Os nossos pés
Têm de seguir a realidade incerta
Atrevemos-mos a falar,
Chamam-nos loucos
Neste mundo de sensatos.
O teu rosto deixa-se pela minha vida,
A vida deixa-se deslizar pelo teu rosto.
Beijos
J.
Entre Folhas ... Semeia comigo ...
Sal,
Do recanto solitário
Que te habilita,
Deixa-te mexer
Pelo incansável caminho
Do prazer,
Abre as mãos
Como se abrisses as pernas
Deixa-te vencer,
Um turbilhão
De sentires, de ti.
Não podes
Amarrar o desejo ao porto,
As tormentas
Rebentam com as correntes
Queimam tabus.
Semeia comigo o mel
Dos teus lábios,
No meu corpo,
Regozijo das tuas ânsias,
A minha pele arrepiada,
Torna-se
Da cor que te agrada,
Semeia comigo o alento
Da palavra amor,
Encaixa-te nas minhas noites
Respira devagar,
Descobre como penetram-te
O profundo
Como arde-te as vontades,
Arde comigo no inferno.
Sal,
Rasga as ondas,
Procura uma praia
Aproxima-te da minha,
Sou areia de amor,
Verbo e sentir,
Alvo dos teus desejos,
E tuas noites
Tirando-te o carmim.
Beijos
J.
Do recanto solitário
Que te habilita,
Deixa-te mexer
Pelo incansável caminho
Do prazer,
Abre as mãos
Como se abrisses as pernas
Deixa-te vencer,
Um turbilhão
De sentires, de ti.
Não podes
Amarrar o desejo ao porto,
As tormentas
Rebentam com as correntes
Queimam tabus.
Semeia comigo o mel
Dos teus lábios,
No meu corpo,
Regozijo das tuas ânsias,
A minha pele arrepiada,
Torna-se
Da cor que te agrada,
Semeia comigo o alento
Da palavra amor,
Encaixa-te nas minhas noites
Respira devagar,
Descobre como penetram-te
O profundo
Como arde-te as vontades,
Arde comigo no inferno.
Sal,
Rasga as ondas,
Procura uma praia
Aproxima-te da minha,
Sou areia de amor,
Verbo e sentir,
Alvo dos teus desejos,
E tuas noites
Tirando-te o carmim.
Beijos
J.
Entre folhas ... Resfriados …
Seduzem-me as tuas eleições
Noturnas,
Onde o prazer
Habita nas palavras,
Entre lençóis,
Fica o suor
De dois corpos amados
Sexo contra sexo,
Num mesmo poema,
O da carne,
O do amor.
Este gozar terreno
Que vai para além dos corpos,
Ficam as manchas
E o contorno na parede
Dos movimentos,
Que nos elevam a alma
Sem contemplações.
Não escondas o desejo
Que habita em ti,
E deixa fluir as palavras
Livres,
Livres como
O vento sem barreiras,
Arqueias as costas
E encontro-te.
Livres somos,
Enquanto queiramos
E o nosso Deus permita,
Livres,
Seremos.
Beijos
J.
Noturnas,
Onde o prazer
Habita nas palavras,
Entre lençóis,
Fica o suor
De dois corpos amados
Sexo contra sexo,
Num mesmo poema,
O da carne,
O do amor.
Este gozar terreno
Que vai para além dos corpos,
Ficam as manchas
E o contorno na parede
Dos movimentos,
Que nos elevam a alma
Sem contemplações.
Não escondas o desejo
Que habita em ti,
E deixa fluir as palavras
Livres,
Livres como
O vento sem barreiras,
Arqueias as costas
E encontro-te.
Livres somos,
Enquanto queiramos
E o nosso Deus permita,
Livres,
Seremos.
Beijos
J.
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