Entre folhas ... Abusamos, abusando-nos …
Do abuso de beijos,
De palavras,
Do abuso do teu corpo,
E do meu,
Que acalmam a minha paixão,
O meu coração,
A minha alma,
E os meus lábios dormentes,
Quando já nada tenhas a dizer,
Guarda silêncio,
Diz que me amas,
Murmura-me,
E o teu eco chegará a mim,
Como uma lembrança,
Como se da primeira vez
Tivesse sido,
Vamos nos fundir,
Como a tarde na noite.
Sou cúmplice da tarde,
Dos teus lábios e pestanas,
Do teu ardor,
Da tua luxúria e da minha.
Somos cúmplices da linguagem
Do amor,
Que se esconde
Por detrás dos nossos corações.
Quando apagas a luz,
Os teus olhos iluminam,
Abusando-nos.
Beijos
J.
Entre folhas ... Da vida e dos meus sonhos …
Pensando como passam os dias,
E esse pensamento,
Impulsiona-me a pensar
Como chegará o dia,
Nesse momento da vida
Que reclama,
Os meus pensamentos
Afastam-se ao infinito dos meus sonhos,
E os meus sonhos reclamam-me...
Nunca me encontrei tão próximo
Do eixo dos meus pensamentos,
Enquanto os meus sonhos
Afastam-se do centro
Das minhas palavras.
Sinto agora o que sinto,
À fumaça da lareira,
E ao calor da fogueira,
Desnorteia-se o capricho
Da minha debilidade,
Retida na minha memória.
...Com as mãos fortes,
E o coração débil,
Deixo-te um beijo doce.
Beijos
J.
Entre folhas ... A pele da alma …
Fica a lembrança de ti,
Liberta-me de te ter conhecido
E foge,
Foge para o fim,
Antes de eu,
Perder as recordações.
Rouba-me a pele da alma,
Leva contigo as horas
Que te sonhei,
Deixa,
Se queres escrito o vivido,
Antes que eu escreva por ti
O sentido,
E tu escrevas o vivido
Junto de mim.
A lembrança e o esquecimento
Habitam neste mesmo sentir,
Foge,
Foge,
Para mim.
Beijos
J.
Entre folhas ... Inverno na primavera …
Sonhando contos
Que nunca chegam,
Armazenando estrelas
Ou jurando a mim mesmo
Uma felicidade
Que demora.
Quebro as correntes
Que habitam na minha memória
E fujo para longe,
A esse conto
De inverno na primavera
Que ainda está por inventar.
Sonhando contos
Que nunca chegam
Porque estão nas estrelas,
E é grande a distância,
No momento.
Seremos de novo,
Tempo de uma lembrança,
De um mês de Janeiro
De qualquer ano.
E quando tu fores,
Eu serei a mão
Dos teus desejos.
Beijos
J.
Entre folhas ... Da minha ignorância …
Ser homem,
Ignorar,
O mundo que nos rodeia
Pensamos no Deus nosso,
Na nossa própria confusão,
Encontramo-nos com ele,
Mantemos silenciosas
As falas solitárias,
Nocturnas fibras
As que nos percorrem
Quando o encontramos,
E não o reconhecemos,
Paz,
Amor,
Controle,
Traição.
Tudo está à nossa volta,
Absorve-me a energia,
Esses momentos delicados
Onde somos dois,
Em um,
A loucura parece branca
E doente,
Planto tulipas,
E crescem espinhos.
Quero fazer-lhes saber
Que nas minhas noites mais intimas,
Essas eternas de insónia
E caminhadas permanentes,
Penso nela,
Não me aflige pensar,
Que pensará como me sinto,
E uma voz trémula
Ainda diz que a amo.
As palavras mais triviais
Nessas noites aparecem
E ela não está para me escutar,
Ou talvez não esteja eu
Para a sentir.
Penso nas suas nádegas,
E Deus ajuda-me a mantê-las
Na mente,
Coração e olhos,
Agradeço-lhe,
Aparecem os seus seios ternos,
Duros,
Retenho-os,
E Deus faz-se com eles.
Justo nesse momento,
Pergunto-me
Porquê ele se mantém a meu lado,
Enquanto ela se afasta,
Com o seu olhar transparente,
Os seus olhos vermelhos,
Lábios amplos,
E uma noite mais,
Não creio em nada,
Só no que vêem os meus olhos.
Supõe-se que sou um pobre diabo
Que exerce de poeta,
Quando converso com Deus,
Disfarçado de mulher,
Enquanto ele,
Me arrasta para o sonho,
Que já conheço…
Deambulando.
Beijos
J.
Entre folhas ... É verdade dizer …
Abertamente e sem complexos,
Que adoro os seus lábios carmim,
A sua figura e a sua silhueta.
É verdade dizer que o seu amor
Resulta como pouco correspondido,
Compreendido,
Arguido e temido,
Dado que compartilha a sua vida,
E não é comigo...
A sua solidão não é o seu inimigo.
É verdade dizer que coincidimos
Em sentimentos,
Químicas,
E sem mal entendidos,
É verdade dizer,
Que sempre sou correspondido,
Nos dias que tem estado comigo,
E também os dias ausentes,
Ficou parte da minha alma,
Incrustada no seu pensamento,
E o seu pensamento é grande.
É verdade dizer que sou uma pessoa
Agradecida e correspondida,
Não temo o verbo amar,
E repto à cobardia,
Por isso,
Esses dias vindouros,
Voltará a estar comigo.
Aproxima-se como uma gota de chuva
E cai na minha almofada,
Sussurra-me ao ouvido,
O seu amor por mim,
E o seu desejo acaba,
Molhando-me,
Por completo.
Beijos
J.
Entre folhas ... Insónias às 3 da manhã …
De roupa interior
Pelo chão,
Doce pensamento
Ao renascer os meus sentidos
Surgindo entre as lembranças.
Lembranças das minhas mãos
Pelos teus seios,
A tua boca no sexo que te procura,
Essa postura imaginária
De dormir juntos,
Esse acordar sabendo
Que estás a meu lado.
Percorres os caminhos
Dos meus pensamentos
A vereda dos meus desejos,
A senda dos meus anseios.
Não precisas de entender
O que nasce inexplicável da alma,
Grande e infinito como é,
Não se pode marcar fronteiras
Nem limites pessoais,
Não se pode marcar o tempo
Não segue ao ritmo do coração,
Há um espaço na minha alma,
Que assim bate ao ritmo do teu.
Só de querer-te quero,
Querer-te espero,
Que tu me queiras,
Sem desenfreio,
Posso esperar,
A te ter de novo.
Quando a noite se identifica
Com a tua imagem
Desaparecem as estrelas,
Só o teu nome é o eco
Que eleva-me
E impulsiona-me
A recordar-te de novo...
A cada dia.
Beijos
J.
Entre folhas ... Quero que tu sejas…
E de ternura,
A noite branca num dia escuro,
Serás a mão que segurará a alma,
Ou o braço que percorra o meu corpo,
O anónimo verso do meu sorriso,
Pronunciando gentilmente amor,
Serás cúmplice dos meus lábios
A palavra que emancipe a alegria,
A que inspire a viver todos os dias
O roce de um descuido,
Desenterrando o desejo
Da minha calma tímida.
Serás eco,
Orvalho da madrugada,
Mão que embala o adormecido,
Ainda que não escute a tua voz,
No grito do teu telefonema,
Sentirei o eco do teu amor
Sem a nostalgia da ausência
Sentida.
E serás cúmplice como te disse
Do amor que sentimos
Nesse dia,
Do amor puro e verdadeiro,
Esse: que muitos desconhecem…
Beijos
J.
Entre folhas ... Fantasiando ...
Às vezes inexpugnável,
Eterna como a pedra que resiste,
Tão feminina e sensual
Que dói.
Pobre explorador,
Perdido nos caminhos do teu corpo,
Traçando o mapa dos seus desejos,
Curvas nos teus peitos,
Marmóreos,
Acerados,
Que atravessam as suas mãos
Como,
As de um Cristo destronado.
As luas do seu sorriso
Conto-as,
Para não perder
A noção do tempo,
E o vento de sua boca
Refresque-me nas noites claras,
Nas que sorrio,
Olha para ela,
Radiante e estrelada.
E o mapa do vale do seu ventre,
A húmida cascata do seu sexo,
E afogando-me,
Ela é chuva,
Molha-me,
E perco o rastro
Que levar-me-ia a casa,
Sem compreender que nela
É onde tenho o meu lar…
Beijos
J.
Entre folhas ... Cúpido ...
Para sentir os teus movimentos,
A bravura do teu rosto
E afaga-lo suavemente,
Por longo tempo.
Esta hora crepuscular,
Onde o sol se vai embora
Para beijar a lua,
E esse lunar teu
Cerca a tua cintura,
Onde a sempre levas oculta.
E tomo-a,
Sem a tua permissão.
Beijos doces e bom ano.
J.
Entre folhas ... Da água e da tua sede…
Da minha fonte tens de beber.
Com a liberdade que se oferece a amar,
Em plena liberdade,
E conscientes de que a lua
Seduz e ilumina-nos,
As nossas almas sentem sem pudor
A noite como um acontecimento,
Da chegada do desejo.
E quando vai o meu corpo menino,
Volta-se em adulto e maduro,
Madura a noite para nós
Para essa mulher que observa,
A minha escrita,
Silenciosa.
Sentir como se acalora o corpo,
A cada noite e a seu lado
Saborear a sua pele,
Enquanto a minha boca ao pensar,
Faz-se água...
Ou líquido,
Elemento que percorre o meu corpo...
Manancial de água fresca,
Penso como as tuas mãos
Acariciam os meus lábios,
Os meus lábios acariciam a ponta
Dos teus dedos,
Beijando-os.
Esta noite quisesse ser lua
Para velar o teu sono,
Esta noite quisesse impregnar-te
Da minha essência,
Que notes como treme,
O meu corpo de menino - homem,
Esta noite quero que vivas,
O amor como nunca o vives-te
Faz de mim, o homem que desejas,
Leva-me pelo caminho
Dos prazeres,
Insanos e ocultos,
Bebe de mim,
Até ao amanhecer.
Da minha água e da minha pele,
Algum dia terás de beber.
Beijos
J.
Entre folhas ... Do poema …
O olhar da puta da frente
A carência de amor e fantasia.
O norte e o sul,
A que chamam os pontos cardiais,
Olho a casa vazia,
Todos os quadros são brancos,
Menos o da janela,
Que penetra
Em linhas rectas no meu olhar.
Um poema
Agora são mil metros
A parte alguma,
Ou quinhentos,
Ou mil quinhentas tentativas,
De palavras e horas vazias.
Um poema agora é retornar
A ter algo de real e fantasia,
E coloco isto aqui,
Porque pode ser que tenha gente,
Que ainda pense que isto
É poesia da desgraçadinha,
E eu;
Não creio em nada,
No nada,
Mais absoluto do tudo,
E o tom que me honra
A ser o mesmo a cada dia.
Tenho perdido o norte e a poesia,
Desde que os meus olhos
Se fixaram-se nela,
Aquela tarde que eu mais me afastava
E ela mais se aproximava,
Ao fundo do lado mais doente e infiel,
Da puta dor que jazia na frente,
Do amor mais pleno,
Frio e inconstante,
Do mais vil dos metais temperados.
Beijos
J.
Entre folhas ... De tanto em tanto ...
Deslocamo-nos pela manhã
Em tardes dispersas,
De tanto em tanto...
De tanto em tanto a necessito
Próxima,
Nua de palavras,
Nua de alma,
Despe a sua pele.
De tanto em tanto,
Refugio-me
No seu corpo,
Nos seus peitos
Ou no seu templo,
De tanto em tanto
Voltamos ao inicio,
Com as pupilas
Nítidas e sem mistérios,
Regressamos com um ou milhentos beijos,
De tanto em tanto,
O desejo é tão puro,
Que a agonia do tempo
Que permanecemos juntos,
Perde-se em orgasmos,
De tanto em tanto,
Brincamos,
A ver quem chega o primeiro,
À cúspide do céu,
E eu sempre,
Fico no inferno,
De tanto em tanto,
Tudo foge,
E regressa de novo,
Com a certeza de sermos amados,
Como nos amamos em sonhos.
De tanto em tanto
Só de tanto em tanto,
Porque assim o queremos.
E volta louca em despir-me,
Seja segunda-feira,
Ou sexta-feira
De Janeiro,
Ou de Dezembro.
Eu sonho a cada dia,
Deixando de tanto em tanto,
Para manhã,
Caminhando,
Do porquê das flores
Murcharem.
A cada dia...
Beijos
J.
Entre folhas ... Enquanto ...
E o meu sangue circular,
Na cumplicidade dos teus argumentos
Sem dissimulações,
Sem indiferenças,
Enquanto o meu coração persista
Em bater ao compasso do teu,
Enquanto afirmas
Que tenho aberto o teu coração
As tuas dúvidas e os teus medos,
Enquanto continuo
Entre os teus braços
Argumentando que o amor,
Não está desfalecido
Avanço com a minha voz
Percorrendo os sons do teu corpo
Agitando as asas em silêncio e
Sinto a vida a ver-me passar,
Enquanto as minhas mãos trémulas
Dêem com o volume dos teus seios
Ou atraem o sabor
Dos teus instintos,
Enquanto me fiquem marcas
No corpo
Das noites ao descoberto,
Pensando,
Que posso chegar a ser teu,
Quando queira e sem recato.
Enquanto uma raiz agarra-se
E outra enrede-se-me pela alma
Sendo da mesma espécie,
E a ausência não me agrave
No cansaço,
Enquanto as tuas mãos
Saibam recolher o sustento do amor,
E as sombras do desejo nos apontem,
Enquanto passa a página de um instante
Ao outro,
Como quando dormes
Na cimeira dos suspiros,
Enquanto saberás que não estou dormindo
Que guardo o primeiro olhar
Dos teus olhos
Na memória de todos os anos,
Desde o primeiro dia,
Que cobicei-te,
Em chamas
Na apetecível sombra do teu corpo.
Sempre vou amando…
Beijos
J.
Entre folhas ... Na noite livre ...
Tenho beijos nos lábios,
E chuva de sentimentos,
Tenho dedos,
Tenho mãos,
Para percorrer devagar
A beleza dos teus contornos
Aconchegar-me no teu peito
E perder-me na tua cintura.
Como cavalo faminto
Cavalgar os teus sentimentos
Em cima da tua cintura,
Alegre e com a tua soltura,
Provocar-nos uns instantes
De vazio,
No que tudo
Fica pleno.
O amor destila,
Agarra-se na destruição
Das horas,
Sonhos com serpentes espreitam,
O tumulto de toda a tristeza vulnerável
Faz-se água,
Estatelando-se
Contra o nada
Não consegue romper os minutos,
Das horas que não foram,
Nem o prelúdio,
Nem a raiz da noite.
E caio no sonho
De que nada sucedeu,
Na realidade do sucedido
Esconde-se a alegria
Das tuas pálpebras
Disfarçadas,
Tive que o aprender,
Talvez tarde,
Realizar com as minhas mãos,
Essa viagem do diálogo
Absurdo,
Que separa os meus sonhos
Dos meus pensamentos tangíveis.
De vez em quando a palavra isenta-se
E deixa livre o espírito,
Do homem que a pronuncia.
Livre.
Beijos
J.
Entre folhas ... Complicada situaçao ...
Pujante e no peito,
Quando se refere que as noites
São um tormento,
A solidão ficou sem argumentos,
A nitidez do seu olhar,
Deixou-se cair na tristeza,
Não chove,
Ainda assim mantém
O rosto molhado pelas lágrimas,
Fala e não se escuta,
Pensa e não se sente.
Só sabe que o destino
Tem brincado com o seu tempo,
Perdeu uma parte da sua vida
Querendo a mesma pessoa.
Faz algum tempo
Que deixou de o amar
Não sabe como lho dizer,
Por isso,
Pede ao seu melhor amigo
Que o expresse por ela.
E o seu melhor amigo,
é seu amante.
Beijos
J.
Entre folhas ... Cavalgar na minha estrela …
Tenho visto e sentido
O lado passional
Da tua emoção.
Tenho notado que voo
Com a minha loucura,
O orgasmo sublime,
Os meus olhos fechados
Abrem-se ante ti.
Tu,
Sempre tu,
Que me fizeste sonhar
E nos meus sonhos apareces
Para saciar a sede do meu corpo.
Tu que com os teus impulsos
Levaste-me ao prazer desconhecido
Eu,
Que te senti a entrar e sair
Para empurrar o meu sexo,
Tu,
Que me ouviste gemer
Como ninguém,
Tenho de te dizer
Que te amo,
E digo-te.
Leva-me a cavalgar
De novo às estrelas,
E beijar esse lado lunar,
Da tua pele
Que ninguém conhece,
Onde os poemas se escrevem
Com os raios da lua.
Onde os gemidos
São o fruto de um sexo
Que te cavalga,
E sonha amando.
Beijos
J.
Entre folhas ... Do saber que estás ...
Cobriria o teu corpo
Com o amor que vou tecendo,
Ou se fosse o vento,
Chagaria até ti,
Unindo sentimentos.
Água a correr,
Livre e limpa
Como as tuas palavras,
Mas se fosse uma nuvem
Descarregaria a água
Gota a gota
Sobre o teu corpo,
E a cada gota um silêncio,
E a cada silêncio,
Um beijo.
Os meus ventos
Da tua imagem,
Tão cristalinos na minha mão,
Os beijos como lírios
A paz no regalo,
Os dias que andámos
De mãos dadas,
Ficam assim escritos,
Com pontos suspensivos
Porque não há amor que morra,
Tão só descansa silencioso,
Numa brisa de lembranças
Agridoces.
Do saber que estás,
E não te ter
Quando te quero
Entre as minhas teias,
E vou tecendo versos,
Na falta dos teus beijos.
Beijos
J.
Entre folhas ... Dos beijos em silêncio ...
Só cresce o silêncio
Da minha voz apagada,
Faço greve dos meus versos
Esqueço o teu nome,
Jogo com as tuas palavras
Mesmo assim a semente
De amor contido,
Faz-se vidro.
Faço cristais
Com o teu corpo
De cada vez que sou ausência,
Sabemos quem somos,
E não podemos ser mais,
Desenho um azul com fundo
Com destino,
E pela água
Chegam-me os teus beijos,
Voam pelas ondas,
E entrego o meu tempo
Ao viver sentindo,
Ou sentir
Sem viver esses próximos beijos.
Ainda que feche os lábios
Uma voz diz-me:
"- Aqui estou.",
Não ignores a evidência
Do calor mútuo,
Daquele que um dia
Foi o acoplamento perfeito,
Ainda que não o recorde.
Beijos
J.
Entre folhas ... Da vida pelos caminhos ...
Sempre andei
Por caminhos,Descobrindo com eles
O valioso tempo
De querer,
Como querer,
E porque queria.
Ir-se,
E nos caminhos
Os encontros sonhados,
Uns fizeram-se realidade,
Outros ilusões,
Nesse tempo em que deixava
Ao descoberto,
O vivido.
Ir-se,
Por despir o esquecimento,
Deixo a roupa
Por esses caminhos…
Beijos
J.