Serás a paixão de carne,
E de ternura,
A noite branca num dia escuro,
Serás a mão que segurará a alma,
Ou o braço que percorra o meu corpo,
O anónimo verso do meu sorriso,
Pronunciando gentilmente amor,
Serás cúmplice dos meus lábios
A palavra que emancipe a alegria,
A que inspire a viver todos os dias
O roce de um descuido,
Desenterrando o desejo
Da minha calma tímida.
Serás eco,
Orvalho da madrugada,
Mão que embala o adormecido,
Ainda que não escute a tua voz,
No grito do teu telefonema,
Sentirei o eco do teu amor
Sem a nostalgia da ausência
Sentida.
E serás cúmplice como te disse
Do amor que sentimos
Nesse dia,
Do amor puro e verdadeiro,
Esse: que muitos desconhecem…
Beijos
J.