Amando este sentir que nos une,
silenciando todos os beijos dados,
de cada vez que estás,
e imagino-te
pele translúcida nas minhas costas,
o mesmo amor que alimenta
corpo e alma,
abrindo os sentidos
adivinho-te.
As minhas mãos,
como os primeiros raios
de um amanhecer constante,
trepam pelo teu corpo exuberante,
na quietude da tua essência.
Adivinho-te,
com os olhos fechados,
sem achar palavras para dar-te,
qual bálsamo preciso,
sinto o calor
dos teus espasmos.
Falando dela desconheço-me,
descubro o sentimento
de um batido,
a sombra escarpada do deboche
avizinha-se,
e a noite fica longa,
cai tão longe…
Quando é a ti a quem amo,
As minhas feridas transformam-se.
O verbo dilata-se,
e com o teu nome
faz-se amor,
vibra e estala,
no profundo do meu peito,
abrindo todo o volume,
dos meus silêncios.
Beijos
J.