Caem-se-me as lembranças,
Agarradas à minha pele,
Olhas-me e sorris-me,
Tu sabes dos meus tormentos
Da dolorosa ausência suspiro,
De carícias extraviadas,
Um grito afogado,
Da ausência dolorosa vivo,
Enquanto,
Recolhes as minhas lembranças,
Abres-me os olhos,
E inconsciente beijo-te,
Não está,s
E eu queria estar
No corpóreo abismo doce
Do teu corpo,
Folha a folha
Folhear-te,
Como se desfolha
Um livro de poesia,
Imploro-te a outros Deuses,
Que querem confundir-me,
A tua silhueta seminua
Mas não,
A tua silhueta finca-se-me
Nas pupilas,
E enquanto caem-se-me as lembranças
Escrevo um poema que não é tal.
Tal é o estado
Que os meus olhos,
Contra o bronzeado do teu corpo,
Estalam,
Até te encontrar.
No mais profundo
Das minhas lembranças,
E volto com a tua ajuda a levantar-me,
Porque sem ti não poderia.
Quando te ouço,
Estás comigo,
Ainda que não queiras,
E me doem,
Os sonhos,
Tanto,
Tanto,
E mais,
Tanto que te recordo.
Beijos
J.