O tempo é voltar a sentir o teu aroma.
Quis terminar com o meu passado,
Rejuvenescido,
Apartar do caminho ruidoso
Do amor e do destino,
Beber-me de um golo,
As razões de uma dúvida
Encerrar-me sem ajuda
No meu esconderijo
Derramar o sangue do teu corpo
Pelo ar.
Ar erotizado do teu sexo insano,
Cuspindo eufemismos pelo céu,
Quero desprender-me
Desse aroma infértil
Perder o olfacto da fome dos teus seios.
E não sei o porquê?
Se não estás,
Nada preciso
O leite que vi nascer
Dos teus seios paridos
Azedou no fim.
Para quê?
Se somos tantos...
Que de ti não fica nada,
Tão só letras revoltas
E esse cheiro de sexo
Impregnado
Que se alojou no meu,
Depois de tudo...
Tudo foi compartilhado
Ficaram os corações partidos
E esse aroma
Agridoce dos teus seios malparidos.
Do homem que tem sentido um casal,
E desfruta,
Falas de mim
E desconheço-me…
Vivo caminhando.
Beijos
J.