Deves tocar a minha pele de madrugada.
Quando sentes a comoção pela manhã,
quando sentes o som do amor
entre as pernas, quando a lua se põe
somos um contrato em transe entre madrugadas.
Tens de assinar um contrato comigo
onde eu sou a pedra ou a pedrinha
que pisas, o travesseiro que usas,
o toque leve do amor no teu último suspiro.
Já sabes sobre o meu amor injusto e o meu tempo
à fidelidade do destino, sabes da noite
que rezamos no templo onde nada é redimido.
Tiveste na tua garganta o sal grosso
que vem do meu corpo,
a forja que não deixa de te ter,
o Deus que me pega, a palavra exata
que eu digo quando explodo.
Conheceste um instante da minha caridade.
interminável, onde tudo começa e termina
de ti já sabes, o amor que os teus lábios me reclamam,
todas as noites, e entre os sonhos falo contigo.
Eu tenho-te, acaricio-te tão perto do teu templo,
que me tornei espuma e penetro-te
com a suavidade de uma pena
acordas molhada e querendo,
Tanto, que no dia seguinte chamas-me.
Invocas-me,
e eu não vou.
Lástima de um corpo castigado
enquanto,
pele, dor e sentimento,
à medida que o tempo passa.
Conheço-te e quero o teu amor e sexo extremo.
E tu sabes isso…
Beijos
J.